Formação
Piloto de Parapente nível 1 (piloto autónomo)
Na legislação Portuguesa é necessário obter uma licença para poder pilotar parapente. Quem atribui essa licença é da Federação Portuguesa de Voo Livre (FPVL) por delegação do Instituto Português de Aeronáutica Civil (INAC). A FPVL estabelece um conjunto de escolas e promove formações e atualizações a instrutores de Parapente habilitando-os a dar formação aos candidatos a pilotos de Parapente.
A formação decorre prioritariamente no Nordeste Transmontano, na serra de Bornes – Macedo de Cavaleiros e na serra de Santa Comba – Mirandela. Embora também possa realizar-se noutros pontos do país como serra do Larouco – Montalegre, serra da Estrela - Linhares da Beira, etc.
Requisitos de acesso:
“Para poder inscrever-se num curso inicial de piloto, o candidato deverá satisfazer, cumulativamente, as seguintes condições:
- Ter no mínimo de 16 anos;
- Ser titular de um documento de avaliação médico-desportiva com decisão médica favorável, válido de acordo com a legislação em vigor, que ateste a sua aptidão física e mental para a prática da modalidade em causa;
- Apresente autorização paternal, se for menor” (RIT, 2014, p. 13).
Etapa 1
1 fase
Tipologia
- Introdução de parapente ao voo, com voo em bilugar. Segue-se uma adaptação prática e destreza no solo com voos baixos e voo planado junto ao solo.
Objetivos
- Conhecer a nomenclatura da asa de Parapente.
- Adquirir conhecimentos básicos de aerodinâmica e aerologia.
- Adquirir conhecimentos sobre segurança em Parapente, a nomenclatura da asa e todo equipamento, etc. ...
- Aprender a técnica do inflado de frente e de costas com vento superior ou igual a 15 km.
- Aprender a descolagem em pendente de escola.
- Aprender a aterrar.
2 fase
Tipologia
- Voo planado (Iniciação).
- Voo planado com altitude e distâncias suficientes para manobrar a aeronave com relativa facilidade.
- Prática de destrezas no solo.
Objetivos
- Aperfeiçoamento da destreza no solo.
- Voos planados diretos de desníveis superiores.
- Aquisição de conhecimentos teóricos de meteorologia básica, segurança, legislação aeronáutica, e regras de voo.
- Aprender a projetar um plano de voo.
- Adquirir progressiva autonomia de voo.
Etapa 2
Tipologia
- Voo em ascendente dinâmica, permanência de voo com suporte de ascendente originada numa encosta, falésia ou duna, por ação de vento laminar ou de restituição térmica, com distância confortável em relação ao terreno, obstáculos ou tráfego (aéreo).
-
Maior liberdade e controlo do voo, cumprindo e conhecendo as regras gerais de segurança em voo.
Objetivos
- Aquisição de competências necessárias ao voo sem acompanhamento por parte do instrutor.
- Domínio do voo em dinâmico com durações longas.
- Aprendizagem de técnicas básicas de descida rápida.
- Aquisição de competências teóricas nas áreas da meteorologia, aerodinâmica, primeiros socorros, materiais, legislação e regras de voo.
Material
O material necessário será fornecido pela escola durante a realização do curso.
É da responsabilidade do aluno o uso de vestuário/calçado adequado à prática de parapente (calças e botas).
Nota: No decorrer da 2 etapa e após grande percurso de formação prática/teórica o aluno terá que realizar um exame prático (realizado pela escola), bem como um exame teórico escrito da responsabilidade da FPVL. Se obter resultado positivo ser-lhe-á concedida a licença de pilotagem (nível 1).
O valor do curso de parapente nível 1 (piloto autónomo), é de 900€, + seguro, + licença de aluno e atestado médico desportivo (fale connosco).
Mais informações sobre o Curso de Parapente.
Se está interessado/a em fazer o curso de parapente: (Insc) reva-se aqui
Atualizado: 13 de fevereiro de 2019
Inscrições para curso de Parapente
Informamos que estão abertas as inscrições para o curso de parapente que irá decorrer prioritariamente no nordeste transmontano!
A escola de parapente Wind-Nordeste delegação da Wind é credenciada pela Federação Portuguesa de Voo Livre (FPVL).
O curso está previsto começar durante o próximo mês de abril, acompanhando o início de uma nova época desportiva no voo livre. Não é, no entanto, um curso rígido na medida que se poderá inscrever e frequentar mesmo após essa data. As aulas práticas seguem a mesma filosofia, adaptando-se às suas necessidades e disponibilidade. O curso realizar-se-á, maioritariamente na zona de Macedo de Cavaleiros (Serra de Bornes) e Mirandela (Serra de Santa Comba). Embora também possa realizar-se noutros pontos do país como Serra do Larouco – Montalegre, Serra da Estrela - Linhares da Beira, etc.
Para mais esclarecimento não hesite em contactar-nos através do email ou formulário (abaixo):
Inscrição - Curso de Parapente
Regras do RIT para a formação a partir de 2014
Formação, Avaliação e Titulação de Pilotos (formandos):
Atualmente existem 5 etapas na formação de parapente.
- Etapa 1 – Candidato a piloto
- Etapa 2 - Piloto sem habilitação para o voo térmico – Piloto nível 1
- Etapa 3 – Formação avançada
- Etapa 4 - Piloto com habilitação para o voo térmico – Piloto nível 2
- Etapa 5 – Piloto especializado
- Especialização Piloto Bilugar
- Especialização Acrobacia
- Outras Especializações
Etapas de desenvolvimento nas modalidades de Voo Livre (RIT, 2014, p. 52).
Para se obter a licença de piloto de nível 1 (piloto autónomo), tem que frequentar a primeira e segunda etapa, no decorrer da segunda tem que realizar um exame prático (realizado pela escola), e um exame teórico da responsabilidade da FPVL.
Na formação prática, o regulamento RIT define que para se concluir a formação a piloto de parapente, sem habilitação para o voo em ascendente térmica (nível 1), tem que se realizar no mínimo 30 voos com 10 horas de voo.
Além da carga horária da formação prática, o programa de instrução teórica de candidatos a piloto tem que cumprir no mínimo 37 horas distribuídas por:
a) Legislação Aérea e Procedimentos ATC — 10 horas;
b) Conhecimentos Gerais de Aeronaves — 4 horas;
c) Comportamento e Limitações Humanas — 3 horas;
d) Meteorologia — 8 horas;
e) Procedimentos Operacionais — 6 horas;
f) Princípios de Voo — 6 horas, RIT (p. 15).
No decorrer da 2 etapa e após grande percurso de formação prática/teórica o formando terá que realizar um exame teórico escrito e obter resultado positivo para lhe ser concedida a licença de pilotagem (nível 1).
Programa de instrução de voo de candidatos a piloto em Parapente – Etapa 1
“Estruturação da instrução de voo:
- Transporte, cuidados e manutenção do parapente e restante equipamento;
- Avaliação do local e condições meteorológicas;
- Planeamento do voo e a importância da elaboração de um plano de voo;
- Preparação do voo e preparação da asa para o voo;
- Procedimento antes do voo — preparação, ajuste do material e verificações;
- Colocação do arnês, ajustamentos e verificações antes do voo;
- Exercícios de descolagem e colocação do parapente em posição de voo — Inflados;
- Posição de descolagem e verificações finais;
- Posição de partida, corrida/ rolagem e descolagem;
- Interrupção de descolagem em terreno plano e em declive;
- Descolagem e procedimentos associados com e sem vento e com e sem assistência;
- Procedimentos após a descolagem e posição de voo;
- Controlo da velocidade: velocidade de maior alcance, velocidade de afundamento mínimo, prevenção do voo lento e da perda;
- Voo lento: reconhecimento da condição e recuperação;
- Controlo direcional;
- Voltas suaves e de pequena amplitude;
- Voltas de 90° e 180° com pranchamento suave e médio. Coordenação das voltas;
- Voltas de 360° (esquerda e direita): à velocidade normal e à velocidade de afundamento mínimo; com pranchamento suave e médio; controlo da velocidade; prevenção da ocorrência da perda;
- Abatida. Prevenção e recuperação;
- Perda de pressão e instabilidade;
- Regras de voo para evitar colisões;
- Aproximação: cumprimento do procedimento planeado; circuito com perna de vento de cauda, perna base e final; voltas em «8»; controlo do gradiente na descida, circuitos retangulares e correção da deriva;
- Aterragem de precisão;
- Aterragem com vento forte;
- Manobras anti-arrastamento;
- Situações de emergência: Manobras com recurso às bandas «D» ou elevadores de bordo de fuga: manobra em «8»; correção à deriva; voltas; voltas de inversão; aterragem; manobra de acordo com o terreno e outro tráfego; vigilância; (simulação de rotura de linhas dos manobradores);
- Voo em ascendência orográfica (Só para Parapente); voltas e manobras de direção; correções e gradiente; prevenção da ocorrência da perda;
- Técnicas de descida rápida.
Requisitos de experiência:
- Um mínimo de 8 dias de voo;
- Ter efetuado voos a partir de, pelo menos, 3 locais diferentes;
- Um mínimo de 30 voos satisfatórios, dos quais pelo menos 10 devem ser voos de altitude e um total de 2 horas de voo planado sem qualquer tipo de ascendência;
- Perfazer, em 3 a 10 voos, um mínimo de 5 horas de voo em ascendência orográfica” (RIT, 2014, p. 52).
Atualizado: 18 de agosto de 2014